A Jornada no Storytelling (The Quest)

A Jornada no Storytelling (The Quest)

O enredo A Jornada no storytelling é um pilar, e também um dos 7 Enredos Básicos.

É um clássico onde heróis partem em missões épicas para conquistar objetivos grandiosos. Seja recuperar um artefato mágico, salvar um reino ou descobrir um lugar lendário, esse modelo narrativo une aventura, crescimento pessoal e desafios memoráveis. Dos mitos antigos a Senhor dos Anéis, a estrutura mantém seu poder mesmo depois de milênios.

O que define o enredo A Jornada no Storytelling?

Neste arco, o protagonista (e um grupo de aliados) embarca em uma missão física e simbólica. O objetivo é claro desde o início: um objeto sagrado, um lugar perdido ou uma revelação transformadora. O foco não está apenas no destino, mas no caminho repleto de perigos, aliados inesperados e lições morais.

Características-chave desse tipo de enredo:

  • Missão concreta com objetivo bem definido (ex: destruir o Um Anel).
  • Grupo diversificado com habilidades complementares.
  • Testes de coragem, lealdade e resiliência.
  • Transformação do herói ao final da jornada.

Raízes na Mitologia

A Jornada é talvez o arquétipo mais antigo da humanidade. Na Epopeia de Gilgamesh (1.800 a.C.), já vemos heróis enfrentando monstros em busca da imortalidade. Na Grécia Antiga, Jasão parte atrás do Velocino de Ouro, enquanto Odisseu supera deuses e criaturas marinhas para voltar para casa. Essas histórias refletiam medos e aspirações coletivas, como a luta contra o desconhecido.

Exemplos Clássicos d’A Jornada na Cultura Popular

Na Literatura

  • Senhor dos Anéis (Frodo e a Sociedade do Anel).
  • Percy Jackson e os Olimpianos (busca pelo Raio de Zeus).
  • Alice no País das Maravilhas (jornada simbólica pelo autoconhecimento).

No Cinema

  • Indiana Jones e a Última Cruzada (busca pelo Santo Graal).
  • A Incrível Jornada (travessia de animais para voltar para casa).
  • Avatar: A Lenda de Aang (missão para dominar os quatro elementos).

Elementos Essenciais da Jornada no Storytelling

Objetivo Claro e Urgente

O que está em jogo? Salvar o mundo? Resgatar um ente querido? A missão precisa ser visualizável (ex: existe um mapa do tesouro), com um objetivo claro a ser atingido e ter consequências catastróficas se falharem.

Grupo de Aliados (e Antagonistas)

Nenhum herói faz uma jornada sozinho. Gandalf, Samwise e Legolas complementam Frodo. Crie dinâmicas entre o grupo: rivalidades, humor e sacrifícios.

Obstáculos Crescentes

Comece com desafios simples (tempestades, criaturas menores) e aumente a aposta: florestas encantadas, vilões secundários e, finalmente, o clímax no covil do antagonista.

Recompensa além do Objeto

O verdadeiro tesouro nunca é apenas o artefato. Frodo volta para o Condado sem inocência, mas com sabedoria. Luke Skywalker derrota o Império e encontra seu lugar na Força.

Desafios na hora de utilizar a Jornada no Storytelling

Manter o Ritmo

Evite “viagens entediantes”: cada parada deve revelar algo novo sobre os personagens ou avançar a trama.

Justificar a Escolha do Herói

Por que aquele grupo específico foi escolhido? Frodo herdou o Anel; Percy Jackson é filho de Poseidon.

Evitar clichês

Inove nos obstáculos: em Coraline, a “jornada” acontece numa casa assombrada, não numa floresta.

Por que amamos Jornadas?

Esse enredo ressoa porque todos estamos em alguma jornada – profissional, espiritual ou emocional. Ao ver heróis enfrentando dragões, projetamos nossas lutas cotidianas. Seja criativo: até uma ida ao supermercado pode virar uma aventura épica, dependendo do que está em jogo para seus personagens.

Não a toa, a Jornada do Herói é um dos enredos mais famosos na hora de entender como contar histórias.

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