O conceito de Rags to Riches é um dos arquétipos mais clássicos do storytelling e um dos Sete Enredos Básicos.
Esse termo, traduzido literalmente como “da pobreza à riqueza”, descreve a jornada de um personagem que começa sua história em uma situação adversa, geralmente pobre ou marginalizado, e ao longo do tempo supera desafios para atingir grande sucesso, riqueza ou reconhecimento.
Essa narrativa ressoa profundamente com as audiências por apelar à esperança, à inspiração e à conexão emocional.
Neste post, vou explorar como esse enredo funciona, exemplos famosos e dicas para aplicá-lo em suas próprias histórias.
O que torna o enredo Rags to Riches tão poderoso?

O enredo Rags to Riches é poderoso porque fala diretamente ao desejo humano de transformação, progresso e sucesso no fim da história.
Todos adoram uma história de superação, especialmente quando ela é capaz de mostrar que grandes conquistas podem nascer de humildes começos.
Os principais elementos que tornam esse enredo eficaz incluem:
- Herói Relatável: O protagonista é muitas vezes um personagem comum, permitindo que o público se identifique com sua luta inicial. Pode ter elementos banais que o compõe e, no começo, o ideal é não revelar suas diferenças e sim focar nas semelhanças com o Mundo Comum.
- Adversidade: Obstáculos e desafios criam tensão e mantêm a audiência investida. O ideal é que esses problemas sempre deixem o herói cada vez mais próximo do fracasso.
- Transformação Significativa: A jornada culmina em uma grande mudança, seja financeira, social ou espiritual. Aqui é importante mostrar as diferenças do Herói pros elementos mundanos do começo da história.
- Luta e Resiliência: As conquistas do herói são o resultado de trabalho duro, coragem e perseverança, tornando o sucesso ainda mais significativo. Soluções Deus Ex-Machina são desaconselháveis e, magia ou elementos sobrenaturais devem ser utilizados somente se o mundo permitir isso.
Exemplos de Rags to Riches
Várias histórias famosas utilizam o enredo Rags to Riches para criar conexões profundas com o público. Alguns exemplos:
- Cinderela: Um dos exemplos mais clássicos, onde uma jovem explorada por sua família encontra o amor e uma nova vida através da ajuda mágica e de sua própria bondade.
- Harry Potter: Harry começa sua vida como um menino rejeitado vivendo no armário sob a escada e termina como um herói famoso e respeitado no mundo mágico.
- Rocky Balboa: Em “Rocky”, o personagem título começa como um boxeador desconhecido e sem perspectiva e, através de trabalho duro e dedicação, alcança fama e respeito.
- Empreendedores na Vida Real: Histórias de pessoas como Howard Schultz, fundador da Starbucks, que cresceu em um bairro pobre e superou adversidades para criar uma das maiores marcas do mundo, também ilustram esse conceito.
Como aplicar no seu Storytelling

Seja em histórias ficcionais, em conteúdo de marketing ou em narrativas pessoais, o Rags to Riches pode ser incrivelmente eficaz. Veja como incorporá-lo:
- Crie um Herói Inspirador: Defina um personagem central que começa em uma situação desvantajosa. No marketing, esse personagem pode ser o seu cliente antes de descobrir seu produto ou serviço.
- Mostre o Conflito e os Obstáculos: Dê destaque aos desafios enfrentados. Isso cria empatia e uma conexão emocional. O leitor deve se ver no lugar do herói.
- Apresente uma Solução ou Transformação: Mostre como o herói supera os problemas, seja por meio de sua própria força ou com a ajuda de terceiros (como sua marca, por exemplo). Lembre-se de não ser nada muito sobrenatural, tem que ser dentro do contexto do Mundo.
- Celebre a Conquista: Destaque a grande mudança no final. No marketing, isso pode ser representado por depoimentos ou resultados alcançados. Na sua história, você pode utilizar os conceitos da Jornada do Herói e dar ao personagem alguma riqueza daquele mundo.
- Apele à Emoção: Histórias que emocionam são mais memoráveis e compartilháveis, ajudando a amplificar o alcance do seu conteúdo. O leitor precisa se ver na história, então utilize sensações e situações que ele se enxergue.
Deixe um comentário