Rags to Riches (da pobreza à riqueza) no Storytelling

O conceito de Rags to Riches é um dos arquétipos mais clássicos do storytelling e um dos Sete Enredos Básicos.

Esse termo, traduzido literalmente como “da pobreza à riqueza”, descreve a jornada de um personagem que começa sua história em uma situação adversa, geralmente pobre ou marginalizado, e ao longo do tempo supera desafios para atingir grande sucesso, riqueza ou reconhecimento.

Essa narrativa ressoa profundamente com as audiências por apelar à esperança, à inspiração e à conexão emocional.

Neste post, vou explorar como esse enredo funciona, exemplos famosos e dicas para aplicá-lo em suas próprias histórias.

O que torna o enredo Rags to Riches tão poderoso?

Rags to Riches

O enredo Rags to Riches é poderoso porque fala diretamente ao desejo humano de transformação, progresso e sucesso no fim da história.

Todos adoram uma história de superação, especialmente quando ela é capaz de mostrar que grandes conquistas podem nascer de humildes começos.

Os principais elementos que tornam esse enredo eficaz incluem:

  1. Herói Relatável: O protagonista é muitas vezes um personagem comum, permitindo que o público se identifique com sua luta inicial. Pode ter elementos banais que o compõe e, no começo, o ideal é não revelar suas diferenças e sim focar nas semelhanças com o Mundo Comum.
  2. Adversidade: Obstáculos e desafios criam tensão e mantêm a audiência investida. O ideal é que esses problemas sempre deixem o herói cada vez mais próximo do fracasso.
  3. Transformação Significativa: A jornada culmina em uma grande mudança, seja financeira, social ou espiritual. Aqui é importante mostrar as diferenças do Herói pros elementos mundanos do começo da história.
  4. Luta e Resiliência: As conquistas do herói são o resultado de trabalho duro, coragem e perseverança, tornando o sucesso ainda mais significativo. Soluções Deus Ex-Machina são desaconselháveis e, magia ou elementos sobrenaturais devem ser utilizados somente se o mundo permitir isso.

Exemplos de Rags to Riches

Várias histórias famosas utilizam o enredo Rags to Riches para criar conexões profundas com o público. Alguns exemplos:

  1. Cinderela: Um dos exemplos mais clássicos, onde uma jovem explorada por sua família encontra o amor e uma nova vida através da ajuda mágica e de sua própria bondade.
  2. Harry Potter: Harry começa sua vida como um menino rejeitado vivendo no armário sob a escada e termina como um herói famoso e respeitado no mundo mágico.
  3. Rocky Balboa: Em “Rocky”, o personagem título começa como um boxeador desconhecido e sem perspectiva e, através de trabalho duro e dedicação, alcança fama e respeito.
  4. Empreendedores na Vida Real: Histórias de pessoas como Howard Schultz, fundador da Starbucks, que cresceu em um bairro pobre e superou adversidades para criar uma das maiores marcas do mundo, também ilustram esse conceito.

Como aplicar no seu Storytelling

Da pobreza à riqueza

Seja em histórias ficcionais, em conteúdo de marketing ou em narrativas pessoais, o Rags to Riches pode ser incrivelmente eficaz. Veja como incorporá-lo:

  1. Crie um Herói Inspirador: Defina um personagem central que começa em uma situação desvantajosa. No marketing, esse personagem pode ser o seu cliente antes de descobrir seu produto ou serviço.
  2. Mostre o Conflito e os Obstáculos: Dê destaque aos desafios enfrentados. Isso cria empatia e uma conexão emocional. O leitor deve se ver no lugar do herói.
  3. Apresente uma Solução ou Transformação: Mostre como o herói supera os problemas, seja por meio de sua própria força ou com a ajuda de terceiros (como sua marca, por exemplo). Lembre-se de não ser nada muito sobrenatural, tem que ser dentro do contexto do Mundo.
  4. Celebre a Conquista: Destaque a grande mudança no final. No marketing, isso pode ser representado por depoimentos ou resultados alcançados. Na sua história, você pode utilizar os conceitos da Jornada do Herói e dar ao personagem alguma riqueza daquele mundo.
  5. Apele à Emoção: Histórias que emocionam são mais memoráveis e compartilháveis, ajudando a amplificar o alcance do seu conteúdo. O leitor precisa se ver na história, então utilize sensações e situações que ele se enxergue.

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